sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Marcha dos Desalinhados

A Juventude Popular anunciou publicamente a Proposta de Orientação Política, Económica e Social (POPES) que irá apresentar no Congresso do CDS-PP. Num documento marcado pela irreverência que sempre caracterizou esta Casa, a Marcha dos Desalinhados é, nas palavras do Presidente da Juventude Popular Pedro Moutinho, "um grito de revolta contra presença do Estado na vida dos portugueses, da sociedade, das famílias, das empresas. Contra o Estado corrupto, clientelista, ao serviço dos poucos que se alimentam da máquina pública." É assim um documento pautado pela "promoção da liberdade, em todas as suas formas, em todos os seus estádios".
A JP afirma, na Marcha dos Desalinhados, que o CDS é um partido de Direita, "uma direita que queremos moderna, pragmática e capaz de defender políticas eficazes e competentes. Uma direita desempoeirada e livre de fantasmas do passado. Uma direita que não se revê, minimamente, no velho chavão “Deus, Pátria e Família” que alguns pretendem colar-nos"; e aproveita também a oportunidade para se manifestar contra a ideia de uma coligação pós-eleitoral com o PS de José Sócrates: “O CDS não é centrista nem equidistante do PS e do PSD. O PS, assim como a restante esquerda, é o nosso oponente político. O PSD é o nosso concorrente. Nestes termos, é possível um acordo entre concorrentes para prossecução dos seus interesses comuns, mas não entre oponentes”.

A Juventude Popular apresentou ainda uma Proposta de Alteração dos Estatutos (PAE) em que reconhece ter sido "um erro" o estabelecimento da eleição do Líder através de Eleições Directas, e propõe que esta se volte a realizar em sede de Congresso Nacional, afirmando que o actual sistema "coloca o foco na pessoa, no candidato", quando "o foco deve estar nas ideias e nas políticas".

Ambos os documentos estão disponíveis aqui.